A polícia
informou, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (9), que um dos maiores
traficantes da Bahia está por trás de alguns dos roubos a bancos cometidos em
Alagoas. Foragido no estado vizinho, Ramon Oliveira da Cruz foi detido na ação
que resultou na prisão de mais seis pessoas e cumprimento de 12 mandados no
sistema prisional.
Segundo o delegado Vinicius
Ferrari, ele tentava se instalar aqui para comandar as ações locais e os
índices de roubos a banco aumentaram consideravelmente quando Ramon chegou a
Alagoas. Ele veio da Bahia com a mãe, Isaltina Oliveira da Cruz; a esposa Ana Paula
Araújo da Silva; e com Odeene dos Santos Rosário, o Bule.
De acordo com o coordenador da
Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), delegado Mário Jorge
Barros, a quadrilha se instalou nas cidades do Pilar e Arapiraca e alugaram uma
chácara em Coité do Noia para esconder explosivos, armas e outros materiais
utilizados nos crimes. Na propriedade, foram apreendidos 18 kg de explosivos,
além de "grampos" e ferros pontiagudos colocados nas vias para
dificultar o acesso das viaturas às ocorrências.
Os demais presos, entre eles
Jennerson Maykon de Almeida Paulino e José Domingos Nascimento da Silva, são de
Mata Grande e Arapiraca e davam suporte às ações, consideradas como violentas,
já que eles geralmente levam reféns. A polícia atribui à quadrilha os assaltos
ocorridos em Canapi, Traipu, Quebrangulo, Teotônio Vilela, Campo Alegre e
Estrela de Alagoas.
No sistema prisional, foram
cumpridos mandados contra Denilson da Silva Nunes, Egildo Luiz Gomes, Felipe
Oliveira de Araújo, José Ronilson da Silva, Adeildo de Souza Timóteo, Henrique
Rocha da Cruz, Alexandre dos Santos Barbosa, Zivanildo Evangelista dos Santos,
Fábio Adriano Mendes Cruz, Remi da Silva Filho, Alex da Silva Nascimento e
Laerte Ambrósio de Oliveira.
De acordo com o delegado Vinicius
Ferrari, a sequência de explosões se deu porque o bando conseguiu levar pouco
dinheiro nos primeiros crimes e, por isso, continuava tentando uma boa quantia.
Outro roubo ocorrido nesta sexta em Correntes, Pernambuco, pode estar ligado ao
mesmo grupo.
Ferrari ressaltou ainda que a
Secretaria de Segurança Pública (SSP) foi informada pela Polícia Federal da
Bahia de que o grupo viria para municípios alagoanos para o cometimento de
crimes. Foi quando começou o monitoramento deles. A apreensão de uma Amarok
prata foi o ponto de partida para que os policiais pudessem começar a ligar os
casos.
Além dos explosivos, também foram
apreendidos quatro carros utilizados nos assaltos cometidos em Campo Alegre e
Estrela de Alagoas.
Com: Já é Notícia
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